Ciro será reconduzido à presidência do PP nesta quinta

Senador Ciro Nogueira: desafio de bem posicionar o PP com vistas às eleições de 2018, no Piauí e no Brasil

O Partido Progressista (PP) realiza nesta quinta-feira, em Brasília, convenção nacional que deve reconduzir o senador Ciro Nogueira (PI) à presidência da sigla. Ciro assume novo mandato à frente do partido com um grande desafio: reafirmar o PP como uma força política imprescindível para a governabilidade do país, exatamente num momento em que a sigla sofre fortes ataques.
Ciro deu ao PP um lugar diferenciado. Há quem analise o papel de Ciro como decisivo, por exemplo, no processo de impeachment, assegurando a Michel Temer a posse e uma certa estabilidade. Mas o partido também tem uma pesada conta: o Ministério Público Federal entrou com ação contra o PP, na esteira da Lava Jato, incluindo o pedido de ressarcimento de R$ 2,3 bilhões.
O senador piauiense não é unanimidade, mas deve ser reconduzido sem problemas. Chegou a ter resistência na bancada do Rio Grande do Sul. Mas seu trabalho é reconhecido inclusive pelos gaúchos, identificando em Ciro um correligionário que atua pelo coletivo. Ou seja: procura fortalecer o partido como todo, sem querer ser dono da organização.

O desafio de articular 2018

Se, como se prevê, realmente for confirmado para mais um mandato na presidência do PP, Ciro Nogueira terá duas tarefas simultâneas. A primeira, posicionar o partido como ator fundamental na construção da sucessão de Michel Temer. Ciro foi importante na reeleição de Dilma Rousseff. E na sua queda. Pode ter papel crucial na escolha do futuro presidente.
O senador piauiense não quer ver o PP como ator de segunda ordem. Quer ser protagonista, influindo inclusive na formação de uma chapa competitiva e, desejo máximo, vitoriosa.
Essa mesma preocupação – eis a segunda tarefa – o PP terá na eleição piauiense. Em 2014, o PP foi fundamental na construção de uma aliança vitoriosa em torno de Wellington Dias (PT). As palavras das lideranças do PP piauiense, as de Ciro entre elas, indicam que o partido tem a preferência pela reeleição de Wellington. Mas alguns atos apontam outras possibilidades.
Portanto, cabe esperar pra ver até onde chega o andar da carruagem.

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